domingo, 3 de janeiro de 2010

Um ano depois, a cadeira continua vazia.

Antes de ler este post, ver "Olhei para a cadeira e tu já não estavas lá.": http://aflavinhatambemtemumblog.blogspot.com/2009/04/olhei-para-cadeira-e-tu-ja-nao-estavas.html
Lisboa, Fevereiro de 2006, a única que resta.
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Parece que foi na semana passada que saíste da cadeira. De repente paro a pensar e vejo que afinal passou um ano!
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Para onde foste Pedro?
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Sinto a tua falta a cada gesto que deverias ser tu a fazer. Por vezes penso que ainda estas de Erasmus em Barcelona, naquelas tuas longas aulas em que não podias dar noticias. Mas rapidamente esse pensamento dissolve-se, pois tu não vais voltar de Erasmus.
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Neste último ano, bem Pedrokas... tudo foi tão vivido, tal como tu sempre dizias para fazer com as coisas boas da vida.
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E a cadeira... essa, continua vazia. Porque nunca ninguém vai ter coragem suficiente de la se sentar, aquele lugar é teu. Para sempre.
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Com isto, não penses que estou bem, e que ultrapassei a tua partida. Apenas vivo com ela. E revolto-me tanto quando preciso de ti e não estás! E acredita que este ano precisei de ti mesmo á seria e mesmo a valer! No entanto acredito ainda mais que de certa forma estiveste comigo. Foste tu que me ajudaste não foste?
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Vou olhando para o céu e sinto que me vais devolvendo o sorriso. As vezes sinto que a cadeira é ocupada através do aroma das flores presas nos vasos da florista à entrada do centro comercial, ou até mesmo pelo cheiro do chá a meio do meu estudo, como que se fosses tu que aqui estivesses sentado nela. Ou até mesmo quando saio do prédio pela manhã bem apressada, a brisa faz-me abrandar, como se me pedisses para esperar por ti, por vires mais atrás.
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Sei que não voltas Pedro. Mas mais um ano depois apenas te peço que te faças sentir.
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Tu saberás como. Sempre soubeste.

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