Por momentos esquecemos a distância. Os quilómetros de plânicies, cidades que pouco ou mal conhecemos, esquecemos tudo. E banha-nos a cara a brisa da manhã daquelas ruelas à beira Ria. Somos brindados pelo cheiro do mar que chega até nos através da maré.
Mas afinal ainda estamos aqui longe. E mentalizamo-nos de que o sacrifício das infindáveis horas de viagem, vão ser tão bem recompensados assim que pusermos o pé fora do comboio.
Aquela cidade de luz e água recompensa qualquer um. O cheiro, o barulho, o caminhar das pessoas, as gaivotas e as ruas de uma tonalidade difícil de descrever.
Hoje, talvez, as saudades morram assim que puser o pé fora do comboio e for recompensada pelas horas dolorosas de viagem.
Minha cidade de luz e água...
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