terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Cenas que não lembra a ninguém

É ridículo, mas tenho de tal modo parte da minha mente tão formatada pela sociedade que nestes dias dou-me demasiado ao trabalho de pensar no que fiz, no que não fiz e o que gostava de ter feito durante o último ano. (Tanta coisa em que gastar tempo, como estudar contabilidade e é nisto que perco tempo).

Em 2011 para não variar muito, o meu primeiro pequeno almoço foi nos Pastéis de Belém (desta feita em vez da mini bebi Ucal). Vai na volta o regresso às aulas foi de tal modo uma felicidade para mim que fiz mais cadeiras num semestre na nova universidade do que em dois anos na outra. Flávia, estavas onfire rapariga! Dei por mim a apostar que subia o Bom Jesus de joelhos se passasse à primeira a Gestão de Empresas. Passei à cadeira, mas não tive tempo de ir contar degraus. Achei que estava apta para umas merecidas férias de aniversário em Barcelona, com direito a experimentar Camel de enrolar (nunca tentem isso em casa, garanto que faz mal ao estômago) e a perder um avião por ser enganada no terminal de aeroporto.  Bem vistas as coisas, ao fim de 12h de espera por novo voo, em pleno dia de aniversário, ainda tive uma oferta de trabalho na Argélia. Ainda mais empenhada no meu estudo descobri que o Word dava para fazer as formulas de Estatística Aplicada e foi o auge do ano, ter a matéria toda passada a computador. Chegou a Amália à família, o terror de gata que só estava bem a destruir os vasos da senhoria. Escusado será dizer que as tentativas de destruição maciça do sofá de pele de 1200€ foram incontáveis, mas a coisa lá resistiu. Tracei a capa, e com isso deixei de trajar em azul para trajar em preto (sempre tenho uma saia mais mini-saia). Percebi que apesar de ter idade para tal, ainda não tinha filhos (nem tenho), e com isso tornou-se claro que não era obrigada a aturar os filhos dos outros, vai na volta, acabei um namoro que de relação só tinha o pormenor de ser à distância. Mais uma vez nos estudos, foi claro que a mudança veio para ficar e terminei o 2º semestre em grande, e nem a querida professora de informática me destruiu com os seus comentários sem carácter. Posto isto, eis que me mato a trabalhar durante todo o verão e como bónus, tiro a carta (finalmente!). Mais um regresso às aulas (um ano muito dedicado pelos vistos). Mudança de casa. Uma receção ao caloiro deveras caricata. Uma colega de casa deveras demente. Umas amizades deveras sentidas. Descobri como é giro dançar em zonas onde facilmente meio mundo nos vê. Fiz doce de abóbora com a Catarina e ficou UMAMI (o doce e outras coisas mais). Transformamos a sala do 2º frente numa sala de estudo (ou não!). Dei por mim a fazer cadeiras extra-curriculares (como se já não chegassem as 6 que tenho por semestre). Perdemos o nosso recipiente mágico de fazer sangria, mas não foi por isso que deixamos de a fazer. Decoramos a nossa cozinha com caneta de acetato e 37 pessoas tinham o seu espacinho naquelas paredes. Percorri todo o IP6 a 140km/h na primeira vez que trouxe o carro para Peniche, e consegui fazer a viagem de regresso a Aveiro em menos tempo que o previsto. Fiquei noiva e rapidamente me separei. Não fui ver os aviões mas fui ver as estrelas, e são giras. Tive pela primeira vez uma caimbra sem ser a nadar (juro que não sabia se me devia rir ou chorar). Fiz uma surpresa à Ana no seu aniversário, e fui com ela ver Emanuel na primeira fila. Odiei namoradas como se não houvesse amanhã. Odiei pessoas que acabam namoros por telemóvel e rapidamente aprendi a desprezar tais atitudes e pessoas. Matei saudades de muitas pessoas, despedi-me de outras tantas e saudei muitas outras, neste aspeto a minha vida parecia um terminal de aeroporto. Embebedei-me pela primeira vez à frente da Diana e ela fez questão de subir até ao 2º andar para ter a certeza que eu ficava bem. Fiz a minha mãe comprar-me uns cornos de rena. Tive um Natal igual aos outros todos, e por pouco que não parti de vez o cócxis. Regressei a Peniche onde vim acabar o ano. E na minha última compra do ano, uma swetshirt da Mini, hesitei entre o XS ou o XL. Escusado será dizer que comprei o X...

1 comentário:

  1. Tens aí uma gralha! Em vez de "Uma colega de casa deveras demente", querias, claramente, dizer "Uma colega de casa deveras fixe"!

    ResponderEliminar