Sou católica. Baptizada. Comungada. Fiz todos os anos de catequese. Não sou Crismada por questões de força maior. Fui acólita. Houve alturas que o pior castigo que podia ter era não poder ir à catequese ou à missa. Fui leitora de espistúlas e sermões. Fui menina de coro e cantora de salmos.
Cheguei a uma fase da minha vida em que questionei tudo o que fiz! Pela fé? O que é a fé? O Que é ou Quem é Deus? O que são as religiões? Porque é que sou católica Cristã e não Protestante ou Ortodoxa?
Hoje continuo a ser católica. Hoje para mim a igreja e tudo o que a ela está ligado está para mim como a água para a sede. Vou à missa quando tenho essa necessidade interior. Vou à missa quando tenho sede.
Não rezo antes de cada refeição, nem tão pouco quando acordo ou me deito. Reso quando tenho essa necessidade interior. Quando tenho sede.
Várias vezes, durante a minha vida académica, a minha avó, devota de Fátima, me disse, antes de ir para exames "Oh filha, pede à Nossa Senhora que te ajude!" e eu respondia, "Oh 'vó, peça você por mim sff!". Eu não acreditava que a Nossa Senhora ou outro Santo qualquer fosse aparecer e resolver-me os problemas de contabilidade ou de gestão. Nesses momentos eu tinha fé em mim. E a minha avó pedia por mim à Nossa Senhora.
Com o tempo passei a acreditar em alguma coisa. Deixei de me questionar. Vou à missa, continuo a ser católica e sei que tenho fé em algo. Quando tenho sede.
Não sei se é Deus, ou Jesus, ou outra pessoa qualquer que está "lá em cima" e olha por nós. Quero acreditar que alguém, "lá em cima" olha por nós, não importa como se chama.
Hoje e estes dias, eu tenho pedido, por favor, faz com que algo bom aconteça. E peço com todas as minhas forças, com esta fé que tenho em mim, de que alguém me escuta "lá em cima".
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