sábado, 11 de fevereiro de 2012

Twenty Three

É um pouco mais do mesmo. Ainda há umas semanas fiz uma revisão aos meus quase 23 anos de vida, hoje apetece-me passar em revista os meus últimos 365 dias. Vá, o último ano assim por alto.
Tudo começou em Barcelona, num estranho mas animado bar numa perpendicular à Rambla. Foi aí que entrei nas minhas 22 primaveras e que vi a minha vida a andar para trás com um shot de tequilla, um shot de vodka e um cigarro de enrolar.

Entre muitas outras coisas e até me ir sentar no chão à beira da sanita, a minha frase da noite era "Mi nobio es una mierda!". Mas eu era feliz. Pelo menos até perder o avião na manhã seguinte.
Tive uma Páscoa que nem o coelhinho imagina, passei o dia a discutir e nem o simples entrar no expresso e regressar a Peniche amenizou a situação. UIII... Venha o par de patins sff.
O tempo foi passando, e eu sempre bem feliz da minha vida tracei a capa, a segunda vez na vida, mas aquela que marcou. Trajar a preto ficará para sempre na memória. Embora de vez em quando lá tenha uma ou outra saudade de trajar em azul.


Foi um dia feliz, mas vazio, o pai e a mãe não puderam estar presentes. Mas estavam comigo. No coração no sorriso, e no olhar.
Lembrei-me que estava em boa altura de tirar a carta. Com tempo e 250€ na carteira lá fui eu feliz e contente da vida inscrever-me.
Entretanto, finalmente concluí que os meus dias eram preciosos de mais para os passar entre discussões e meti os pés ao caminho e "lamento muito (de facto não lamentava era nada) mas esta palhaçada acabou!". Abençoado pacote Nicola: "Uma noite começo tudo de novo". E comecei!
O verão chegou e com ele a estupidez natural, as festas, as amizades, os copos, as hormonas aos saltos, e CARAMBA, bater com a cabeça na parede outra vez. É, não devia de estar bem sozinha não! Pronto, seja!





Peguei no João Henrique e pumba, uma semaninha de férias em Peniche para os manos, e pelo meio as idas às aulas de código para despachar a cena.
Ah? Quantas aulas de código fiz? Humm... Uma mão delas... Mas a meio de Julho tinha uma folha que dizia "APROVADA com 0 (zero) respostas erradas". I'm Awsome, true story!
Veio também a parva alegre da Ana alegrar os meus dias lindos as minhas noites à campeão e as minhas manhãs à parvalhão.
Um verão repleto de noites ao luar e de copo na mão. Um verão repleto de dias seguidos de trabalho que nunca mais acaba. Fiz mais casamentos que o padre da paróquia.


Vieram também as férias (merecidas) em família. Um pouco pelo norte, um pouco pelo sul, sem dúvida que acordar em Miranda do Douro e de repente almoçar em Bragança foi um tanto quanto reconfortante à mente, cansada da rotina que vinha sendo criada.


E de caminho o regresso à capital do surf. Que trouxe algumas agradáveis grandes surpresas. Bom, manhãs à parvalhão, noites à campeão, venha quem vier, conheci o meu ex-vizinho, Samuel Massas em pessoa, ali estava ele após mais uma noite de praxes. Entre os sapatos do traje colados com fita-cola, o fim de relação com uma simples sms (maturidade de gente adulta) e as ressacas descomunais em manhãs desgraçadas, lá fui aprender a andar de carro, e com umas meras 8 aulas, propuseram-me exame, e passei. Bitchys, I'm awsome. True story again. E sim, aquela sms deixou-me um recalcamento.
A primeira viagem, no dia seguinte a ter carta, foi pegar no carro da mãe, e zarpar em plena A29, para ir ver o concerto da parva alegre que me deu a volta à cabeça e semanas depois, estávamos na primeira fila a dançar ao som do nosso grande Emanuel, após um jantar de curso (dela e não meu).

Não posso deixar de lado a Diana, que juntas começamos a  espalhar magia duas noites por semana. Elas eram Gira Discos, elas eram Casa do Cais, o que interessa é que éramos como concertos flash, tão depressa aparecíamos como desaparecíamos. E entre muitos dissabores, duques e cenas tristes, sempre mantive a fé naquele muro, e ele não me falhou.

Muro mágico. Muro mágico. Muro mágico. Muro mágico. Muro mágico. Muro mágico. Muro mágico. Muro mágico. Muro mágico. Muro mágico. Muro mágico. Muro mágico. Muro mágico. Muro mágico. Muro mágico. Muro mágico. Muro mágico. Muro mágico. Muro mágico. Muro mágico. Muro mágico.

Lembrei-me que não tinha mais nada do que fazer e então bora lá empenhar 70€ numa cadeira extra-curricular que esteve quase por um canudo. Mas fiz caramba!  Trabalhos, trabalhos, trabalhos. Conheci o Prezi e fiz o trabalho mais fofinho da minha vida académica.
No meio disto tudo não podia deixar de lado a bela da minha colega de casa e ao momento em que o meu quarto virou recinto de castanhadas e a minha cama ponto de paragem para queda livre. Isto já para não falar no 2º frente e no nosso magnifico Wall of Fame da cozinha, que verdade seja dita, deixa lágrima no canto do olho. Se deixa.

Natal, família e o ano a chegar ao fim. Uma passagem de ano muito especial. Longe da família mas bem perto do que me faz sorrir. Não entrei em 2012 com o direito pois os tacões não davam muito jeito. Mas entrei com os dois pés, bem na calçada e sempre com medo de deixar o salto para trás.


Testes, testes, testes... a coisa esteve preta, mas lá ficou branca. Aprendi o que são Rhodomonas e tenho umas de estimação. Também aprendi para que serve um blast chiller e 500 maneiras diferentes de preparar batatas, e legumes e ovos. Ah 70€ tão bem empregues. Para os interessados dou explicações de como fazer arroz vaporizado e até massa fresca al dente para servir em mise en place. Ui, olhem-me só a categoria!

Algures aqui pelo meio ainda tive direito a ver as estrelas na ilha, a conhecer a Papôa a almoçar no Mac perante uma valente ressaca de Alvarinho. Descobri ainda uma parte da ESTM que me era quase de todo desconhecida, e que por sinal é onde se escondem os tesouros mais fofinhos daquela escola, e que passar uma tarde a estudar no Xakra é das melhores coisas que estudar em Peniche pode ter.


De repente, num abrir e fechar de olhos, dou por mim num avião... quem me dera. Num abrir e fechar de olhos, dou por mim a beber minis no bar do Quebrado, a queimar os últimos cartuchos dos 22. Horas mais tarde, após uma bela lasanha caseira de atum, crepes acabadinhos de fazer com gelado de tangerina, ouço o primeiro "Parabéns!" e percebo que já entrei nos 23. Desta feita, (ainda) não me sentei ao lado da sanita, mas já tive a minha primeira experiência alucinante do novo ano: 4 marmanjos que não têm nada mais que fazer do que pegar em mim e põe-me a fazer spider-pig no teto do 74.

A todos... Obrigada!

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